terça-feira, 9 de junho de 2015

Caiu a ficha?

Queridos leitores... os jovens não sabem ao certo de onde veio a expressão "caiu a ficha". Nós sabemos porque vivemos num outro tempo, em outra realidade, sem smartphones e sem Internet. Vivemos os tempos dos telefones públicos a fichas. Só quem viveu esse tempo entende e pode explicar, e pode contar histórias.

Esses telefones não eram eficientes nem práticos como nossos smartphones. Eles só permitiam que a gente conversasse com alguém que estava longe. Lembro-me do quanto era demorado fazer uma ligação para cidades mais distantes, como de Araçatuba (minha cidade natal) para São Paulo. Demorou pra gente conseguir fazer uma ligação interurbana automaticamente (antes telefonistas faziam as ligações a cabos manualmente de região em região). E só depois disso é que apareceram os telefones públicos a fichas.

Passamos a usar nas ruas o telefone a fichas. Comprávamos as fichas em uma bar ou loja próximo ou nas agências telefônicas, que ficavam no centro e só tinham em cidades maiores. Colocávamos as fichas e ligávamos. Íamos falando e o telefone contava o tempo e dava um sinal sonoro quando o tempo estava acabando pra gente por mais fichas. Se não púnhamos o telefone desligava na nossas caras, bem malcriado mesmo.

Depois de mais de 20 anos houve a evolução para os cartões. Bem mais práticos, comprávamos um cartão que valia por 20, 30, 50 fichas.Passaram-se algo próximo de 20 anos de novo e o que vemos hoje é a retirada gradual dos telefones públicos das ruas, pois caíram em desuso. Foram trocados com vantagens pelos telefones celulares,

Smartphone é um conceito, pois ele nada tem a ver com os telefones antigos. Este faz uma porção de coisas, até ligações telefônicas. O telefone mesmo só permitia que ligássemos. Isso para nós já era muito, pois a alternativa era escrever cartas, que nem sempre era uma coisa legal de se fazer. Escrever cartas para a namorada por exemplo às vezes se tornava maçante. A opção era ligar.

Ineficientes ou não, todos temos histórias pra contar de usos desses antigos telefones. Notícias boas ou ruins que tivemos que passar por telefone, pessoas amadas e distantes com quem conversávamos por telefone (que era melhor que escrever uma carta, pois ouvíamos a voz da pessoa).

Então, caro leitor... você namorou por telefone? Ligou para avisar a mãe que iria chegar mais tarde pra ela não ficar preocupada? Avisou um amigo que viajaria para vê-lo? Conta aqui no blog!


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